domingo, 30 de março de 2008

Gratuidade garantida para segunda via de documentos roubados.

LEI 3.051/98 - Documentos roubados tem gratuidade

Como não podia deixar de cumprir o nosso dever de cidadão, não faremos o que a imprensa faz, não divulgar uma lei que ajuda o povo a reaver os seus documentos, furtados ou roubados, gratuitamente, nas organizações de direitos cíveis.

Documentos Roubados - GRATUIDADE para fazer a segunda Via

Importante: Documentos roubados – BO dá gratuidade - Lei 3.051/98 - VOCÊ SABIA???

Acho que grande parte da população não sabe, principalmente por falta de divulgação através da mídia; é que a Lei 3.051/98 nos dá o direito de, em caso de roubo ou furto, mediante à apresentação do Boletim de Ocorrência, gratuidade na emissão da segunda via de documentos tais como:

Habilitação (que custaria R$ 42,97);

Identidade (R$ 32,65);

Licenciamento Anual de Veículo (R$ 34,11)..

Para conseguir a gratuidade, basta levar uma cópia (não precisa ser autenticada) do BO- Boletim de Ocorrência e o original ao Detran (Habilitação e Licenciamento) e outra cópia à um posto do IFP.

O registro serve para nos beneficiar. Passo esta mensagem porque deveríamos saber dos nossos direitos, uma vez que ao sermos lesados, não tenhamos ainda que pagar pelas taxas abusivas das segundas vias.

Gostaria que cada um não guardasse só para si esta informação.
Repassem a seus amigos.
Vamos fazer valer nossos direitos.

Adaptado para publicação por mim, Odenilton Junior.

Eu só quero é ser feliz.

Eu só quero é ser feliz,
Andar tranquilamente na perifa onde eu nasci, é.
E poder me orgulhar,
E ter a consciência que o PNE tem seu lugar.

Eu só quero é ser feliz,
Andar tranquilamente na perifa onde eu nasci, é.
E poder me orgulhar,
E ter a consciência que o PNE tem seu lugar.
Mas eu só quero é ser feliz, feliz, feliz, feliz,
feliz, onde eu nasci, han.
E poder me orgulhar e ter a consciência que o PNE
tem seu lugar.

Minha cara autoridade, eu já não sei o que fazer,
Com tanta indiferença eu só vivo a correr.
Vivendo nesse mundo todo desencontrado,
A tristeza e alegria que caminham lado a lado.
Eu faço uma oração para uma santa protetora,
Pelas ruas e calçadas, que me guie numa boa.
Enquanto os políticos, de motorista e carrão
Eu sigo minha trilha, a pé e de busão.
Já não aceito mais tanta indiferença,
Só peço a autoridade um pouco mais de competência.

Eu só quero é ser feliz,
Andar tranquilamente na perifa onde eu nasci, han.
E poder me orgulhar,
E ter a consciência que o PNE tem seu lugar.
Mas eu só quero é ser feliz, feliz, feliz, feliz,
feliz, onde eu nasci, é.
E poder me orgulhar e ter a consciência que o PNE
tem seu lugar.

Até na diversão tudo me faz lembrar.
Que sou um PNE e devo me superar.
Ficar lá na praça que era pra ser tãonatural,
Me falta extrutura para chegar ao local.
Pessoas inocentes, que não tem nada a ver,
Estão perdendo hoje o seu direito de viver.
Nunca vi cartão postal que se destaque as mazelas,
São sempre de paisagem muito linda e muito bela.
Quem anda por aí, no interior dessa cidad,
Conhece muito bem a nossa realidade.
Só conhecem o sinal, por comprar água de côco,
Enquanto a gente pelas ruas, vive passando sufoco.
Trocaram a presidência, uma nova esperança,
Sofri na tempestade, mas agora quero abonança.
A gente tem a força, só precisa descobrir,
Se eles lá não fazem nada, faremos tudo daqui.

Eu só quero é ser feliz,
Andar tranquilamente na perifa onde eu nasci, é.
E poder me orgulhar,
E ter a consciência que o PNE tem seu lugar, eu.
Eu, só quero é ser feliz, feliz, feliz, feliz, feliz,
onde eu nasci, han.
E poder me orgulhar, é,
O PNE tem o seu lugar.

Adaptação a partir da música "Eu Só Quero é Ser Feliz"
Adaptado por mim, Odenilton Junior.

A importância da atividade da vida diária na educação e na reabilitação de deficientes visuais.

A Importância da Atividade de Vida Diária
na Educação e na Reabilitação de Deficientes Visuais.

Elizabeth Ferreira de Jesus*.
I- INTRODUÇÃO.

Na educação da criança cega ou portadora de visão subnormal, cabe ressaltar a importância da Atividade de Vida Diária - AVD, cujo objetivo é proporcionar à criança condições para que, dentro de suas potencialidades, possa formar hábitos de auto-suficiência que lhe permitam participar ativamente do ambiente em que vive.

Ao nascer, a criança encontra-se num estado de dependência total, situação esta que, gradativamente, desaparece com seu crescimento e, já na fase pré-escolar, começa a alimentar-se, vestir-se, ir ao banheiro sozinha e escovar os dentes sem necessitar de ajuda ou apenas com ajuda parcial. Em relação à criança cega ou portadora de visão subnormal, como isso ocorre? Como proporcionar-lhe a satisfação de necessidades tão fundamentais? Quais os anseios e dificuldades experimentados pelos pais em tais circunstâncias? Na educação da criança cega ou de visão subnormal destacamos a Atividade de Vida Diária - AVD – como área específica de atendimento, por julgarmos indispensável ao seu ajustamento social.

Se os hábitos à mesa, a postura, a adequação para se vestir e a higiene pessoal são comportamentos adaptativos, há necessidade de um treinamento intensivo, porque a criança cega pode apresentar atitudes inadequadas em algumas dessas situações. Sem dúvida, ela, no espaço maior ou menor de tempo, acabará por
realizar as mesmas tarefas que as de visão normal, tomando-se em conta, é claro, as diferenças individuais e a restrita capacidade de imitação de quem não vê. Muitos pais, diante das dificuldades de seus filhos, tornam-se superprotetores e, assim, impedem a criança de vivenciar experiências que contribuirão para sua autonomia.

É de grande importância a realização de um trabalho com os pais, paralelamente ao que é feito com seus filhos, através de encontros e/ou reuniões, oportunizando-lhes a prática das Atividades de Vida Diária, com eles desenvolvidas na escola. Enquanto professora nesta área, fiz com que os pais vivenciassem uma atividade de vida diária de olhos vendados, explicando-lhes sempre que tal circunstância não era, nem pretendia ser, representativa da cegueira, a fim de evitar que, pela associação desta com a escuridão total, desenvolvessem ou aumentassem o sentimento de piedade por seus próprios filhos.

A experiência foi proveitosa, pois eles sentiram e perceberam algumas dificuldades, medos e inseguranças de seus filhos cegos ou de visão subnormal e, assim, encontraram a melhor maneira de ajudá-los e orientá-los em casa, nunca impedindo de realizarem algumas atividades aparentemente perigosas para quem enxerga mas, ao contrário, motivando-os sempre, contribuindo assim, cada vez mais, para sua independência e conscientizando-se de que, também, são elementos importantíssimos no processo de aprendizagem de seus filhos.


E a situação do indivíduo portador de deficiência visual adquirida na idade adulta?

Por vezes, a perda da visão é gradativa, dando condições a que o indivíduo, aos poucos, processe a sua readaptação. No entanto, não são raros os casos de cegueira súbita, por acidentes ou etiologias diversas. Como tais pessoas nada sabem sobre a cegueira, não compreendem como possam continuar a viver no mundo que eles aprenderam a construir e entender através dos olhos. A reabilitação dessas pessoas é um desafio para elas, familiares e educadores, no sentido do ajustamento à sua nova condição de vida, visando minimizar os efeitos psico-sociais causados pela perda visual.


II - ATIVIDADE DE VIDA DIÁRIA (AVD).

"Vestir meias é complicado, até para quem não tem problemas de coordenação. Mesmo que não pareça, o ato de vestir meias envolve uma série de passos. Por isso, a professora ajuda Lia colocando a meia até o calcanhar. Só falta ela dar o último puxão. Na próxima vez, a professora coloca a meia no pé e Lia precisará puxá-la até o calcanhar e depois para cima. Mais um pouco e ela já conseguirá vestir meia sozinha". (Windholz, 1988.)

A criança só aprende aquilo que vive concretamente. É importante que ela faça suas próprias descobertas através da manipulação, exploração do ambiente físico-social. Para isso podem e devem ser exploradas situações referentes à alimentação, higiene pessoal, saúde, segurança, às atividades domésticas e ao vestuário.

Assim, através do treinamento em A.V.D., a criança cega e de visão subnormal aprende, entre outras coisas: localizar os alimentos no prato; cortar alimentos; controlar a quantidade de comida do prato sem derramar; controlar a quantidade de comida no talher; servir-se à mesa; encher copos e garrafas; receber visitas; vestir-se adequadamente; cuidar de sua aparência pessoal; caminhar, sentar e gesticular de maneira adequada; prevenir-se contra acidentes e remediá-los.

Texto extraído do site: http://www.bengalalegal.com
Adaptado para publicação por mim, Odenilton Junior.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Como Utilizamos a Bengala e o Teclado do Computador

Como Utilizar a Bengala e o Teclado de Computador.

Marco Antonio de Queiroz - MAQ.
A Bengala.

A técnica de locomoção é simples: com o braço esticado para frente leva-se a bengala para o lado da perna que está atrás. Dessa forma a bengala mostra sempre que a perna detrás pode ir para frente, que se pode dar o passo. Quando isso acontece, joga-se a bengala para o lado oposto, ou seja, para o lado da perna que ficou para trás com o passo dado. Se a bengala esbarrar em algo, é só parar e estaremos a um passo do obstáculo. Desse jeito, fica-se sempre atrás de um possível perigo. De resto, é só perder o medo e a vergonha.

Trecho do livro
"Sopro no Corpo: Vive-se de Sonhos".
Autoria de Marco Antonio.

Cartum - O que Vem de Baixo não me Atinge.

Um cego se atrapalhando com os obstáculos aéreos


Teclado de Computador.

Muitas pessoas se perguntam como cegos conseguem digitar no teclado de um computador. A maioria imagina que possuímos um teclado especial em Braille ou, ainda, que nos utilizamos de computadores com softwares do tipo "comando de voz", que nos obedecem ao mandarmos executar tarefas, ou seja, sem utilizar o teclado.

Existem, realmente, teclados especiais para vários tipos de deficiência, inclusive a nossa. Para nós, porém, não constituem uma grande vantagem, na maioria das vezes, nem pequena, já que o teclado comum, o de todos os computadores, nos oferece todas as condições de digitação que necessitamos para realizar tal tarefa.

Para começar, percebam que todo teclado, por convenção internacional de datilografia proveniente das antigas máquinas com esse nome, possuem pontos de referência em posições estratégicas para uma boa localização tátil do teclado. Dessa forma, as letras "f" e "j" possuem um ponto em relevo que, quase sempre, não são observados pelas pessoas que não sejam profissionais de digitação ou pessoas muito rápidas nesse serviço. Assim, caso já não o tenha feito antes, você pode sentir que nas teclas dessas letras há um ponto pequeno e, em geral, da cor da tecla, na parte central inferior, perfeitamente perceptível pelos dedos. Utilizamo-nos deles para colocarmos os indicadores e, a partir daí, encontrarmos todas as teclas que necessitarmos.

Com as mãos nas teclas alfabéticas centrais a partir dos indicadores na "f" e "j", dedos médios na "d" e "k", anelares na "s" e "l", mínimos na "a" e "tecla de acentuação/pontuação" e, finalmente, com os dedos polegares na barra de espaço, podemos alcançar as outras facilmente. Por exemplo, subindo-se uma carreira do teclado com o dedo médio esquerdo alcançarei o "e" e se continuar mais uma carreira nessa subida, chegarão ao "3". Posso também abaixar o dedo indicador direito e encontrarei o "m", ou no teclado básico, teclar o "h" indo uma tecla para a esquerda do "j".

Na parte direita do teclado, a existência desse ponto na tecla "f" e "j" se repete na tecla "5" do teclado numérico, que nos posiciona nessa parte do teclado em específico.

Como podem notar, como as teclas nunca fogem de suas posições, não existe mistério em um cego digitar em um micro computador. Com o auxílio dos ledores de tela/sintetizadores de voz, software sonoro que podem, segundo nossa configuração, ir dizendo cada letra que está sendo digitada naquele momento, a tarefa torna-se fácil. Caso escutar letra a letra seja especialmente aborrecente para o sujeito, este pode desconfigurar tal propriedade, digitar tudo e ir corrigindo os erros depois, escutando tudo de uma vez e parando nos erros audíveis para consertá-los. Tais softwares ainda podem ler, além da tela inteira e letra por letra, palavra por palavra ou linha por linha, abrindo o leque de opções.

Existem pessoas que enxergam que são lentas na digitação, como outras muito rápidas. Conosco ocorre o mesmo. Tudo é uma questão de prática, necessidade e habilidade pessoal.

MAQ.

Texto extraído do site: http://www.bengalalegal.com
Adaptado para publicação por mim, Odenilton Junior.

Louis Braille e seu Sistema

Louis Braille e seu Sistema.

Ler para Ver.
Sistema Braille

Há mais de 150 anos que o "Braille" é o meio usado por excelência pelos cegos para a leitura e escrita. "Ler com os dedos" tornou-se tão vulgar para os cegos que, hoje em dia, não se pode pensar em qualquer programa de reabilitação que não passe pela aprendizagem do Braille.

É interessante notar que mesmo com o advento das novas tecnologias e o conseqüente aparecimento de formas de acesso alternativas, o Braille continua a ser o melhor meio de tomar contacto com a escrita.

Com a popularidade nos anos sessenta e setenta dos sistemas áudio, que encontraram nos cassetes um meio fácil e econômico de produção de informação, começou a haver a tendência para o abandono do Braille. No entanto, com o desenvolvimento das novas tecnologias, da eletrônica e da informática, nas décadas seguintes, houve um incremento significativo do Braille. Isto foi devido ao aparecimento dos computadores, das impressoras e linhas Braille, bem como programas de transcrição da grafia normal para a grafia Braille.

Para muitos cegos nada substitui o prazer de ler um livro, de tocar os pontos com os dedos ou sentir a textura do papel.


Louis Braille.

Imagem do rosto de Louis Braille.

Louis Braille devia ter pouco mais de quinze anos quando inventou o seu código de escrita. O jovem francês, nascido em 1809 próximos de Paris, tinha cegado aos três anos de idade, após um acidente, mas não desistiu de tentar aprender. Uma bolsa de estudo permitiu-lhe ingressar, em 1819, no Instituto para Jovens Cegos, em Paris, onde se ensinava a ler através da impressão de textos em papel muito forte, que permitia dar relevo às letras.

O sistema não era perfeito, mas possibilitava a leitura. O pior era o momento de escrever, pois era impossível. Braille interessou-se, então, por um sistema de escrita inventado pelo capitão Charles Barbier de La Serre - que cegara na Palestina - para transmissões noturnas em campanha, também baseado em pontos em relevo, e melhorou-o.

Em 1829, publicou o primeiro manual onde o novo código que haveria de ficar para sempre com o seu nome aparecia sistematizado, mas existem alguns documentos que provam que o jovem Louis já utilizava este alfabeto há pelo menos cinco anos. Nesta sua primeira versão do alfabeto Braille, o sistema estava praticamente definido - seis pontos em duas filas verticais de três pontos cada, num total de 63 sinais - mas havia algumas combinações com traços que desapareceram oito anos depois, quando publicou a segunda versão da obra. Este alfabeto, de 1837, permaneceu praticamente inalterado até hoje.

Louis Braille morreu em 1852, mas deixou um legado imprescindível para a população cega mundial. A sua vida e a sua obra podem ainda hoje ser descobertos no museu francês com o seu nome, onde, entre outros documentos, se encontram alguns dos primeiros textos escritos no novo alfabeto em sua adolescência.

Texto extraído do site: http://www.bengalalegal.com
Adaptado para a publicação por mim, Odenilton Junior.

Bonde da Inclusão

-"Agora o bicho vai pegar!"

Tô chegando e é de bicho
Pode parar com essa história
De se fazer de difícil
Que eu tô chegando
Pode parar com essa marra
Pode parando tudo isso...

Não dá bobeira não
Cê tá na minha mão
Segunda-feira
É só história prá contar
Não vem com idéia não
Não quero confusão
Mas vamo junto
Que agora o bicho vai pegar

Bonde da inclusão
Osso duro de roer
Pega um pega geral
Também vai pegar você...

Chega prá lá!
Tô chegando e vou passar
Cheguei de repente
Vai ser diferente
Sai da minha frente meu irmão
Não!
Não vem com isso não
Tô chegando é de ladrão
Porque quando eu pego
Eu levo pela mão
Não mando recado
Eu vou na contramão...

Muro de concreto
Bom de derrubar
É bonde da inclusão
Pau vai quebrar

Bonde da inclusão
Osso duro de roer
Pega um pega geral
Também vai pegar você...

Tá de bobeira!

Texto adaptado a partir da letra da música: Tropa de Elite.
Cantada porTihuana.
Adaptação: Odenilton Junior.